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12 de set. de 2012

Presentes literários

No dia 14/8, o jornal Agora publicou minha reportagem Toda a mineiridade poética, sobre Móbiles de areia, novo livro do doutor em Literatura Comparada e professor de Língua Portuguesa na Universidade Federal de Minas Gerais, Evaldo Balbino, que reúne 33 crônicas. De Belo Horizonte, o autor conferiu meu trabalho e disse que gostou.
 
A reportagem explorou aspectos importantes do livro (reprodução)
Por e-mail, Balbino solicitou meu endereço para me enviar seu livro. Nesta quarta-feira (12), recebi exemplares de três obras suas. 

Móbiles de Areia, sobre o qual escrevi  (fotos: Ricardo Welbert)
 
Filhos da pedra, que será lançado oficialmente este mês (e sobre o qual escreverei)
Moinho, de 2006

Esta carta veio junto com os livros
Agradeço ao autor pelo reconhecimento e parabenizo pelos ótimos livros. Na terça-feira, 18 de setembro, será o lançamento oficial de Filhos da pedra. O evento será na livraria Status, na rua Pernambuco, 1.150, na Savassi. Já estou preparando uma reportagem a respeito deste livro, que deverá ser publicada no jornal Agora às vesperas do lançamento. 

Convite para lançamento do novo livro de Balbino
Balbino com Filhos da pedra, o próximo lançamento (divulgação)
Abaixo, a reportagem completa sobre Móbiles de Areia.

Evaldo Balbino prepara lançamento de novo livro, Móbiles de Areia

Ricardo Welbert

O poeta mineiro Evaldo Balbino, de 36 anos, prepara o lançamento de seu livro, Móbiles de Areia (Amirco, 2012). Natural de Resende Costa/MG, começou a carreira de escritor aos 15 anos de idade. Licenciado em Letras, mestre em Literatura Brasileira e doutor em Literatura Comparada, Balbino é professor de Língua Portuguesa na Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte, e considerado o maior especialista sobre a obra da escritora divinopolitana Adélia Prado.

Dos 33 textos que compõem o livro, quatro são inéditos. Os outros 29 foram publicados em um jornal de sua cidade natal. A seleção e a organização dos títulos internos são marcadas por simbologias. Neles, o autor deixa claro sua paixão pelas palavras e transcreve sua própria vivência de mundo.

A referência ao nome da obra está no texto Ode a uma pequena cidade, onde o leitor de Mário de Andrade traça a rota de seus móbiles de areia e apresenta o espaço/personagem do livro. O autor ensina que o verdadeiro poeta observa o mundo e o transfere em palavras.

"Hoje temos aí escritores escrevendo apenas para seus pares. O aparato crítico adquirido com o tempo me ajuda a escrever literatura, mas a literatura não deve, na minha humilde opinião, estar a serviço da crítica. É ela, a crítica, quem deve buscar a literatura e se produzir a partir dela", orienta.

O título

Móbiles de Areia integra a coleção Lageana, programa editorial da Associação dos Amigos da Cultura de Resende Costa, voltado para a valorização, a produção e a circulação de obras ligadas ao desenvolvimento das artes e das pesquisas histórico-culturais referentes a Resende Costa, sua região e sua gente. Uma publicação fora do mercado convencional.

Evaldo pretende que o leitor de seu livro encontre poesia e prazer. "Poesia porque, sem ela, não há criação literária e, sem arte, não há prazer. Falo do prazer de abrirmos os olhos, de encararmos a vida, as dores, as alegrias e os problemas", diz.

Durante a fase de preparação do lançamento, Evaldo escreveu outro livro, 'Filhos da Pedra' (Nelpa, 2012). É ainda colunista mensal de um jornal. Perguntado sobre o futuro da poesia, ele lamenta que cada vez menos pessoas se dediquem ao prazer de consumir literatura.

"Com a suposta democratização do ensino e das culturas, muito mais pessoas têm sido supostamente letradas. No entanto, resta saber o que leem, como leem e se de fato dão valor à literatura, que, se não é a Grande Arte, não deixa de ser manifestação cultural. No entanto, enquanto houver seres humanos na Terra, mesmo que poucos, amantes da poesia, a literatura terá seu lugar", diz. 


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